segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

EXU

Exú pode ser o mais benevolente dos Orixás se é tratado com consideração e generosidade.






O ARQUÉTIPO DE EXÚ



Os filhos de Exú possuem um caráter ambivalente, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e ficam muito contrariadas. As pessoas de Exú não têm paradeiro, gostam de viagens, de andar na rua, de passear, de jogos e bebidas.



Quase sempre estão envolvidas em intrigas e confusões. Guardam rancor com facilidade e não aceitam ser vencidas. Por isso para ter-se um amigo ou filho de Exú é preciso que se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele.





A Lenda



Conta a lenda que houve uma demanda entre Exú e Oxalá para que pudesse saberquem era o mais forte e respeitado, e foi aí que Oxalá provou a sua superioridade pois, durante o combate, Oxalá apoderou-se da cabaça de Exú a qual continha o seu poder mágico transformando-o assim em seu servo.



Oxalá então permitiria que Exú a partir de então recebesse todas as oferendas e sacrifícios em primeiro lugar. A Importância de Exú é

fundamental, uma vez que ele possui o privilégio de receber todas as oferendas e obrigações em primeiro lugar, nenhuma obrigação deve ser feita sem primeiro saudar a Exú.



É o dono de todas as encruzilhadas e caminhos, é o homem da rua, quem guarda a porta e o portão de nossas casas, quem tranca, destranca e movimenta os mercados, os negócios, etc. Exú também nos confirma tudo no jogo de IFÁ (Búzios).





Lenda



Conta-se que Aluman estava desesperado com uma grande seca. Seus campos estavam secos e a chuva não caia. As rãs choravam de tanta sede e os rios estavam cobertos de folhas mortas, caídas das árvores. Nenhum Orixá invocado escutou suas queixas e gemidos.



Aluman decidiu, então, oferecer a Exú grandes pedaços de carne de bode. Exú comeu com apetite desta excelente oferenda. Só que Aluman havia temperado a carne com um molho muito apimentado. Exú teve sede. Uma sede tão grande que toda a água de todas as jarras que ele tinha, e que tinham, em suas casas, os vizinhos, não foi suficiente para matar sua sede!



Exú foi á torneira da chuva e abriu-a sem pena. A chuva caiu. Ela caiu de dia, ela caiu de noite. Ela caiu no dia seguinte e no dia depois, sem parar. Os campos de Aluman tornaram-se verdes. Todos os vizinhos de Aluman cantaram sua glória:





Dono dos dendezeiros, cujos cachos são abundantes;



Dono dos campos de milho, cujas espigas são pesadas!



Dono dos campos de feijão, inhame e mandioca!



E as rãzinhas gargarejavam e coaxavam, e o rio corria velozmente para não transbordar! Aluman, reconhecido, ofereceu a Exú carne de bode com o tempero no ponto certo da pimenta. Havia chovido bastante. Mais, seria desastroso! Pois, em todas as coisas, o demais é inimigo do bom.



OGUM

ORIXÁ da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia.






Em muitas lendas aparece como irmão de Oxósse e Exú. Um símbolo de Ogum sempre visível é o màrìwò (mariô) - folhas do dendezeiro (igi öpë) desfiadas, que são colocadas sobre as portas das casas de candomblé como símbolo de sua proteção.


Depois de Exú é o Ogum que está mais próximo dos homens. Seu símbolo principal é uma espada de ferro chamada idà, seu dia é a terça-feira.

Senhor da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc.

É o dono do Obé (faca) por isso vem logo após o Exú porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos. Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores.


O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OGUM

Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia, com raras exceções.

São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.


OGUM — Orixá das Guerras e da Tecnologia !!!

Lenda


Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé.

Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê. Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias. Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê Irê - "Ogum das sete partes de Irê".

Ogum matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! - "Ogum Rei de Irê!"

Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, "akorô". Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô - "Ogum dono da pequena coroa".

Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede.

Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma.

Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.


OGUM - Lenda

Oyá vivia com Ogum antes de ser mulher de Xangô. Ela ajudava Ogum no seu trabalho, carregava seus instrumentos, manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ogum deu a Oyá uma vara de ferro igual a que lhe pertencia que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove partes, caso estas as tocassem em uma briga.



Xangô gostava de sentar-se perto da forja para apreciar Ogum bater o ferro, e sempre lançava olhares a Oyá; ela por sua vez, também lançava olhares a Xangô.

Xangô era muito elegante, seus cabelos eram trançados, usava brincos, colares e pulseira. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Um dia Oyá e Xangô fugiram e Ogum lançou-se em perseguição deles. Encontrando os fugitivos, brandiu sua vara mágica, Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E assim que Ogum foi dividido em sete partes e Oyá em nove partes, recebeu ele o nome de Ogum Mejé e ela o de Iansã, cuja origem vem de Iyámésàn a mãe transformada em nove.























FORMAS-PENSAMENTO, LARVAS ASTRAIS E OVÓIDES -








Ovóides




Parasitas ovóides são, como diz o Dr. Ricardo Di Bernardi, "espíritos humanos que, pela manutenção de uma idéia fixa e doentia (monoideísmo), acabam estabelecendo uma vibração de baixa freqüência e comprimento de onda longo que, com o passar do tempo, produz uma deformação progressiva no seu CORPO ESPIRITUAL."



Ovóides são, portanto, espíritos em estado de perturbação tão profundo que perderam a consciência de sua natureza humana, perdendo também a forma humana de seu PERISPÍRITO.



Portanto, não perdem o perispírito, não se manifestam apenas em corpo mental, mas estão com o perispírito ou corpo espiritual ou psicossoma tão deformado que este não tem mais a forma humana, apenas uma forma ovalada.



Di Bernardi diz ainda que "trata-se de um monoideísmo auto-hipnotizante. Ele vibra de forma contínua e constante, de maneira desequilibrada, gerando uma energia que gira sempre de maneira igual e repetida pelo mesmo pensamento desequilibrado. Ao vibrar repetidamente na mesma freqüência e em desequilíbrio com a Lei Cósmica Universal, gera este circuito arredondado que o vai deformando e tornando-o ovóide."



Assim, a insistência do espírito em, por auto-hipnose, reviver pensamentos e sentimentos negativos, geralmente de apego, remorso e vingança, faz com que perca a noção de tempo e espaço, fazendo com que se deforme, aos poucos, atrofiando, por falta de função, os órgãos do psicossoma, assumindo a forma do círculo vicioso em que vive mentalmente.



Quando uma pessoa entra em estado vegetativo com o seu corpo físico, não tem mais a capacidade de se manifestar com ele, mas não o perde, o corpo continua vivo, embora inerte. No caso do ovóide e do psicossoma é a mesma coisa. Por isso, não podemos falar em segunda morte, como querem alguns, assim como o estado vegetativo do corpo físico ainda não é a primeira morte, embora possa estar em vias de ser. Ou seja, o perispírito entra numa espécie de estado vegetativo, mas não se desintegra ou desaparece. O ovóide não o perde. É justamente o perispírito, aliás, que fica ovalado.



Ainda segundo Di Bernardi, este processo de "ovoidização" ocorre porque o "psicossoma também é composto de moléculas, tal como o corpo físico. Por analogia, imaginemos as moléculas do corpo astral como as moléculas dos gases: elas são maleáveis e se modificam ao sabor da pressão, da temperatura e até do recipiente que as contém. As moléculas do perispírito são moldáveis pelo pensamento e pelo sentimento; tomam formas de acordo com a vibração do espírito. Assim, se tornam brilhantes, opacas, densas ou leves."



Quando esses ovóides se ligam a uma consciência, encarnada ou desencarnada, em especial, fica caracterizado, então, o processo obsessivo por parasita ovóide. Neste caso, a massa fluídica em que se transformou o perispírito do desencarnado, envolve sutilmente o seu alvo e, depois, liga-se ou cola-se ao seu corpo, físico ou astral, distorcendo-lhe idéias, pensamentos, opiniões e atitudes. O ovóide só é incapaz de manipular energias, locomover-se e interagir CONSCIENTEMENTE, de livre e espontânea vontade, mas pode fazê-lo no automático, pelo instinto, atraído pela sintonia. E para isso, precisa do psicossoma, ainda que em estado precário, assim como mantemos funções básicas automáticas como respirar, urinar e defecar, mesmo em estado vegetativo do corpo físico.



O ovóide pode chegar à aura de alguém somente pela atração que essa pessoa exerce sobre ele. Nada mais é necessário como ponte. Basta a sintonia entre os dois. Como ímãs. Além da influência psicológica, os parasitas ovóides agem também drenando energias do obsidiado, podendo levá-lo até ao desencarne, caso seja encarnado.



É importante notar, no entanto, que como em qualquer processo obsessivo a ligação do parasita ovóide com a sua "vítima" nunca acontece sem a anuência ou permissão da própria vítima, ainda que inconsciente, pelo hábito de cultivar pensamentos de remorso, ódio, egoísmo, desejo de vingança, apego excessivo a coisas e pessoas, etc.



Os ovóides também podem ser hipnotizados por outras consciências e não só auto-hipnotizados, infelizmente. Existem espíritos que têm profundos conhecimentos de hipnose e usam esse conhecimento para manipular a mente de outros desencarnados, transformando-os em ovóides e alojando-os na aura ou no perispírito de encarnados que querem prejudicar. Isso, infelizmente, é mais comum do que se pensa.



As citações do Dr. Di Bernardi podem ser encontradas no site A Jornada e mais sobre ovóides pode ser lido nos seguintes livros de André Luiz:

- Nosso Lar, capítulo 31;

- Evolução em Dois Mundos, Parte I, capítulo 14



Quanto aos ovóides que alguns chamam de benéficos, creio que não poderíamos chama-los "ovóides", pois não são espíritos que estejam sofrendo de monoideísmo mas, aí sim, provavelmente, espíritos num grau tal de evolução e luz que se manifestam sem o perispírito, exclusivamente com seu corpo mental, o qual não tem forma humana e se apresenta para nós, que estamos limitados pela percepção tridimensional, como bolas de luz, dando a impressão de que seriam ovóides luminosos.



Nesse caso, eles não estão confinados a um círculo vicioso por terem se auto-hipnotizado numa única idéia. É justamente o contrário. Eles expandiram tanto os seus horizontes espirituais que prescindem da forma humana e do perispírito para se manifestarem e se apresentam apenas em seu corpo mental.



LARVAS ASTRAIS, MIASMAS E FORMAS PENSAMENTO

São conhecidas como larvas astrais ou miasmas, as criações mentais que exigem três elementos essenciais para substituírem: uma substância orgânica, uma forma aparente e uma energia vital. As larvas astrais não são corpos sutis, não são seres, espíritos, almas... É apenas matéria grosseira, energia deletéria, um aglomerado negativo plasmado e animado pelos resquícios do instinto, agora em dissolução.




Existem substâncias plásticas etéreas que permitem sua criação; a forma depende do sentimento ou da ação mental que inspirou sua criação, e o elemento vital que as anima vem do reservatório universal da energia

cósmica, elementos esses gerados através de certos materiais utilizados em magias negras.


A vida das larvas durará na medida da energia mental ou passional emitida no ato de sua criação, e poderá ser prolongada desde que, mesmo cessada a força criadora inicial, continuem a serem alimentadas por pensamentos, idéias ou vibrações da mesma natureza, de encarnados ou desencarnados.

O ser pensante cria sempre, consciente ou inconscientemente, lançando na atmosfera astral diferentes produtos mentais.



A criação consciente depende do indivíduo sintonizar-se ou vibrar no momento, na onda mental que corresponde a determinada criação ( amor, ódio, luxúria, ciúme etc. ); por isso não é fácil determinar a forma da larva que corresponde à idéia ou ao sentimento criador,mas a vontade adestrada impulsionando a idéia ou sentimento pode realizar a criação, visando produzir os efeitos desejados.



As larvas astrais, quando fruto de um desejo, uma paixão ou um sentimento forte, se corporificam, recebem vida mais longa do que as larvas simplesmente mentais, que quase sempre tem uma alimentação mais restrita, a não ser quando projetada por pessoa dotada de alto poder mental ou por grupo de pessoas nas

mesmas condições.



Os sacerdotes egípcios, por exemplo, criavam larvas com o objetivo de defender as tumbas dos mortos, animando-as com uma vida prolongada. Estas se projetavam sobre os violadores de túmulos, provocando-lhes perturbações graves e até mesmo a morte.



Muitas vezes as larvas astrais são confundidas com espíritos, mas na verdade nada mais são que resíduos energéticos em dissolução, que se desprendem de tudo na Natureza que " morre ".



Quando algo na Natureza vive em desequilíbrio físico e energético, ao morrer desprende uma massa que classificamos de larva astral.


Essa energia, instintivamente vagará em busca da satisfação de seus instintos e sensações, principalmente às que estavam acostumadas quando seu antigo hospedeiro era vivo.



O que ocorre é que um molde energético, com contornos do antigo hospedeiro, para prolongar sua

existência irá a busca da satisfação que lhe dava prazer.



Esse " molde energético ", se não conseguir encontrar aquilo que lhe sustente a "vida", perderá sua essência,desaparecendo. Mas se encontrar alguém com o perfil do antigo hospedeiro, por atração vai se apegar a essa pessoa, aderindo tenazmente à sua aura.



A partir da conexão, a larva astral irá incentivar essa pessoa a tomar atitudes ilícitas, a fim de sentir vislumbres ou instante de prazer a que estava acostumada.



O hospedeiro infelizmente irá,com suas atitudes inferiores ( pois está sendo vibrado pela larva astral por afinidade ), se destruir aos poucos, entregando-se a vários tipos de vícios ou ficando adoentado.



A larva astral é um parasita, e irá esgotar seu hospedeiro até a última gota; com o tempo irá perder sua existência, que por sinal é curta. Mas até que tenha sido extinta, deixará sua vitima em estado adoentado e perigoso, podendo levá-la até a morte.



Se por infelicidade o hospedeiro for uma pessoa sem moral, que por afinidade se ligou a uma

larva astral, ao desencarnar, do seu corpo se desprenderá uma nova larva astral ansiosa por novas viciações, e assim, o ciclo continuará.



Muitos magos negros ou espíritos inferiores, por meio de manipulação energética e magística, conseguem fazer com que certos tipos de larvas astrais ataquem seus desafetos, drenando suas energias e transformando-os em verdadeiros zumbis.



Em oferendas e despachos, em que são utilizados materiais pesados com álcool e sangue, as larvas astrais sentem-se incontrolavelmente atraídas. Os vapores do sangue e do álcool dão a elas a sensação de vida, e pó risso " enganam " os médiuns despreparados, fazendo-se passar por " Entidades de Luz ", convencendo-os a efetuar tais "trabalhos"com sangue e álcool.



Com esse conhecimento podemos entender como se processa o contato com as larvas astrais, e com a manipulação energética dos passes magnéticos e espirituais, poderemos auxiliar, e muito, na retirada desse tipo de infecção.



Na magia negra antiga eram empregados diversos tipos de materiais terrenos para atingir objetivos escusos; hoje, isso está caindo em desuso, pois ninguém mais quer ter disciplina metal suficientemente grande para atuar como um mago negro, assim também como muitos poucos querem ter disciplina e reforma intima necessárias para se tornar um mago branco. Mas o pior está acontecendo; a magia negra está se tornando mental, e o homem não está se apercebendo da gravidade do fato, deixando-se levar pelas mazelas e

paixões humanas, destruindo-se e buscando destruir o seu próximo. A fronteira entre encarnados e desencarnados está se tornando tênue devido aos encontros e afinidades, e o baixo astral está encontrando terreno fértil para difundir sua maldade.



A humanidade vive indiferente às mensagens provindas da Espiritualidade Maior e seus ensinos libertadores, ainda confundindo espiritualidade com "espiritualismo", ou práticas religiosas com evangelização.O homem julga que a crença, ou simplesmente viver em ambiente religioso ou esotérico são suficientes para livrá-lo ou mesmo criar uma condição de imunização contra as mentes cheias de inveja e maldade, descuidando-se da reforma íntima e da constante transformação para o bem.



FORMAS - PENSAMENTO


Idéias projetadas pela mente humana, criadas na esfera da alma e materializadas no mundo espiritual, que se mantém pela força de nossos pensamentos.



Toda e qualquer ação e todo e qualquer pensamento ficam registrados na memória vital do espírito e no éter-cósmico, caracterizando as formas-pensamento como concretizações de pensamentos. Por exemplo: um

homem, num ambiente de trabalho, sente inveja do colega por este se mostrar mais competente, mais esforçado e, portanto, mais solicitado e admirado. A inveja do primeiro cria no éter-cósmico uma forma-pensamento própria desse sentimento, que pode possuir forma especifica como a de uma faca ou de um

homem morto, ou forma indefinida, caracterizando apenas o sentimento pelo qual foi gerada. A forma-pensamento pode se depositar no éter-cósmico ou colar-se ao individuo invejado, causando-lhe prejuízos psíquicos e até físicos. Está ai a explicação cientificado famoso " mau-olhado ", agouro direcionado a uma pessoa que efetivamente, na maioria dos casos, causa prejuízos a mesma.

Porem, as formas-pensamento também podem se originar de sentimentos nobres como o amor ou a benevolência. Uma mãe, que ama seus filhos, ao assistir o progresso dos mesmos se enche de alegria e envia formas-pensamento benéficas a eles, que podem se caracterizar por imagens alegres como um coração, um

rosto sorrindo ou formas indefinidas em cores vivazes e alegres.



Acontecimentos como guerras, em que muitos espíritos sofreram atroz a mente, podem gerar formas-pensamentos terríveis, gerando perturbações de ordem psíquica nos moradores da região afetada.

Somente os espíritos já evoluídos conseguem dar forma e comandar suas formas-pensamento. Os demais as produzem inconscientemente.


MIASMAS

Há entre encarnados e desencarnados, um processo de assimilação.

Muitas vezes isso acontece sem que percebamos, quando nutrimos em nós pensamentos e anseios de natureza inferior.



Mantendo continuamente idéias viciosas e negativas, acabamos por irradiar para o pano extra físico esses

desejos; encontrando espíritos que se afinam com os mesmos, estabelecemos uma espécie de" parceria ".

Muitos desses desencarnados estão sempre a procura de sensações físicas, tentando manter-se o Maximo possível ligados a vida material.



No decorrer de nossa vida, passamos por diversos ambientes e trocamos impressões com vários tipos de pessoas. Estamos num planeta ainda em evolução espiritual, portanto, infelizmente ainda predominam o mal e o negativismo. Todo esse conjunto de pensamentos e ações vai formando "miasmas” e todo tipo de” vírus” espirituais que se colam à aura das pessoas.



Por mais que estejamos em constante vigília, algumas vezes deixamos cair nosso padrão vibratório, acabando por nos envolver com esse tipo de energia. Se não tivermos cuidados, podemos decair adquirir doenças e for

constantemente obsedados.



domingo, 27 de fevereiro de 2011

CABOCLOS NA UMBANDA DIVINA






Okê, Caboclo!


"Ele é o Rei e não pede licença

Ele é o Rei, Ele é o dono do Congá

Ele é Caboclo, Ele vem lá de Aruanda,

Ele é Sete Flechas

Ele vem pra trabalhar."
A denominação "caboclo", embora comumente designe o mestiço de branco com índio, tem, na Umbanda, significado um pouco diferente. Caboclos são as almas de todos os índios antes e depois do descobrimento da miscigenação.




Constituem o braço forte da Umbanda, muito utilizados nas sessões de desenvolvimento mediúnico, curas através de ervas e simpatias, desobsessões, solução de problemas psíquicos e materiais, demandas materiais e espirituais e uma série de outros serviços e atividades executados nas tendas.



Os caboclos, espíritos de índios, tidos como o braço forte da Umbanda, não trabalham somente nos terreiros como alguns pensam. Eles prestam serviços também ao Kardecismo, nas chamadas sessões de "mesa branca"., pois estes nossos irmãos depois de desencarnarem, ainda conservam um corpo espiritual bastante denso carregado de fortíssima vitalidade.



No panorama espiritual rente à Terra predominam espíritos ociosos, atrasados, desordeiros, semelhantes aos nossos marginais encarnados. Estes ainda respeitam a força. Os índios, que são fortíssimos, mas de almas simples, generosas e serviçais, são utilizados pelos espíritos de luz para resguardarem a sua tarefa da agressão e da bagunça. São também utilizados pelos guias, nos casos de desobsessão pois, pegam o obsessor contumaz, impertinente e teimoso, "amarrando-o" em sua tremenda força magnética e levando-o para outra região.



Os caboclos são espíritos de muita luz que assumem a forma de "índios", prestando uma homenagem à esse povo que foi massacrado pelos colonizadores. São exímios caçadores e tem profundo conhecimento das ervas e seus princípios ativos, e muitas vezes, suas receitas produzem curas inesperadas.



O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como se possuisse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.



Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.



O Caboclo Sucuri, é um índio traçado com boiadeiro. É um caboclo de descarrego e, dependendo de seu trabalho, ele assume uma forma ou outra. Traz atravessada no peito, sua enorme guia simbolizando a cobra sucuri, que é sua corda de caçador. Em geral, trabalha rodando sua guia por sobre a cabeça do consulente e depois a esfregando pelo seu corpo, para promover a limpeza do campo áurico. Invariavelmente a guia arrebenta... Conta ele, que seu pai é o caboclo Cobra Coral, que lhe ensinou a caçar e laçar.




CABOCLOS

Embora existam diferenças entre os nomes encontrados por diferentes pesquisadores para as entidades, em relação as suas Vibrações Originais, apresentamos a seguir uma relação que nos parece a mais próxima de uma realidade:


Caboclos de Ogum:




Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Icaraí, Caiçaras Guaraci, Ipojucan, Itapoã, Jaguaré, Rompe-mato, Rompe-nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tamoio, Tabajara, Tupuruplata, Ubirajara, Rompe-Ferro, Rompe-Aço





Caboclos de Xangô:



Araúna, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Caboclo do Sol, Girassol, Guaraná, Guará, Goitacaz, Jupará, Janguar, Rompe-Serra, Sete Caminhos, Sete Cachoeiras, Sete Montanhas, Sete Estrelas, Sete Luas, Tupi, Treme-Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Mirim, Urubatão da Guia, Urubatão, Ubiratan, Cholapur.





Caboclos de Oxóssi:



Caboclo da Lua, Arruda, Aimoré, Boiadeiro, Ubá, Caçador, Arapuí, Japiassu, Junco Verde, Javari, Mata Virgem, Pena Branca, Pena Dourada, Pena Verde, Pena Azul, Rompe-folha, Rei da Mata, Guarani, Sete Flechas, Flecheiro, Folha Verde,, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Tapuia, Serra Azul, Paraguassu, Sete Encruzilhadas.





Caboclos de Omulu:



Arranca-Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Gira-Mundo, Iucatan, Jupuri, Uiratan, Alho-d'água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Suri, Serra Verde, Serra Negra, Tira-teima, Seta-Águias, Tibiriçá, Vira-Mundo, Ventania.





Caboclas de Iansã:



Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira





Caboclas de Iemanjá:



Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d'Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jacira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente





Caboclas de Oxum:



Iracema, Imaiá Jaceguaia, Juruema, Juruena, Jupira, Jandaia, Araguaia, Estrela da Manhã, Tunué, Mirini, Suê





Caboclas de Nanã:



Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Jutira, Luana, Muraquitan, Sumarajé, Xista, Paraquassu





Caboclinhos da Ibeijada:



Nesta querida falange, encontramos os Caboclinhos e Caboclinhas do Mato que se manifestam em sua forma indígena.



CABOCLOS


Na Umbanda, os Caboclos constituem uma falange e, como tal, penetram em todas as linhas, atuando em diversas virações. Entretanto, cada um deles tem uma vibração originária, que pode ser ou não aquela em que ele atua.


Antigamente existia a concepção de que todo Caboclo seria um Oxóssi, ou seja, viria sob a vibração deste Orixá. Porêm em nossa percepção, compreendemos que Caboclos diferentes, possuem Vibrações Originais Diferentes, podendo se apresentar sob a Vibração de Ogum, de Xangô, de Oxóssi ou Omulu. Já as Caboclas, podem se apresentar sob as Vibrações de Iemanjá, de Oxum, de Iansã ou de Nanã.

Não há necessidade da Vibração do Caboclo-guia, coincidir com a do Orixá dono da coroa do médium: o guia pode ser, por exemplo, de Ogum, e atuar em um sensitivo que é filho de Oxóssi; apenas neste caso, a entidade, embora sendo de Ogum, assimilará a vibração de Oxóssi.




CABOCLOS





Originalmente, a palavra Caboclo significa mestiço de Branco com Índio mas, na percepção umbandista, refere-se aos indígenas que em épocas remotas habitaram diversas partes do planeta, como civilizações aparentemente primitivas, mas na realidade de grande sabedoria. Espíritos que, embora em sua encarnações tenham vivido em outros países, identificam-se espiritualmente na vibração dos Caboclos, como por exemplo, os índios Americanos, os Astecas, os Maias, os Incas e demais indígenas que povoaram a América do Sul.


Falar em Caboclos na Umbanda, é fazer menção a todos eles que, com denominações diversas, atuam em nossos terreiros e que, com humildade, como muito bem recomenda a espiritualidade, omitem detalhes referentes às suas vidas quando encarnados.