terça-feira, 15 de março de 2011

EVOLUÇÃO ESPIRITUAL




Acerca da misericórdia, do ato de compadecer-se diante do sofrimento alheio, colocando-se desta forma no lugar de outrem, deve-se se observar que tal capacidade inclui, além da compaixão, o feito de perdoar a quem é considerado “o ofensor”. Para tanto, a solidariedade é benigna e bem-vinda, mas não só esta deve ocupar o coração humano, cedendo passagem à indulgência com aqueles que não foram felizes em determinados pensamentos, palavras ou atos.

Quando pode-se agir em prol de um irmão, é digno “absorvê-lo” primeiramente de seus erros para que o passado fique zerado, a partir daí, ambos os lados isentos de culpa e de julgamento respectivamente, poderão construir sólidas bases para manter o espírito na paz e na pureza. Pois nenhuma evolução tem aquele que leva sopa aos famintos, que dar cobertor a quem tem frio, moedas ao mendigo, mas que não esquece a mágoa que tem do vizinho, da mãe, do marido, da cunhada, do filho e assim segue, carregado consigo aversões e nutrindo cada vez mais o hábito do rancor.


O homem precisa reconhecer que a deficiência de seu próximo pode ser a sua a qualquer instante, e mesmo se não o fosse, deve agir com grandeza de alma, com desprendimento. Nenhum ser humano está eximido de erros, de falhas, portanto, deve-se fazer valer as aptidões altruístas, inerentes em cada ser, independente deste ter ou não um cigano ou cigana como guia espiritual. A virtude da misericórdia empregada pelo o “juiz” do “culpado” não é apenas consolo ao martírio interior do acusado, é porta aberta para a evolução do espírito de quem a pratica por amor.



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